A prefeitura de Santa Maria finalizou o projeto do ônibus rápido (BRT) que vai cortar Santa Maria de leste-oeste. Com 43,2 quilômetros de extensão, a linha - que vai receber veículos híbridos (que funcionarão por eletricidade ou a diesel) - vai ligar três grandes regiões da cidade: Tancredo Neves, Centro e Camobi. Pelo estudo do Instituto de Planejamento, órgão do governo municipal que trabalhou no projeto, a linha deve ter 20 estações, com distância mínima de 600 a 700 metros, que vão ser percorridas em um tempo máximo de 65 minutos por 18 veículos, alguns com até 120 lugares.
Para possibilitar essa obra, que vai receber R$ 220 milhões do governo federal, estão previstas algumas modificações no trânsito e, inclusive, um viaduto na Avenida Dores, sob o cruzamento com a Alameda Buenos Aires, que dá acesso ao Forum.
- A previsão é que essa linha concentre boa parte dos usuários do transporte coletivo da cidade - aposta o secretário Francisco Severo, engenheiro que preside o Instituto de Planejamento.
Nos cálculos do instituto, pelo menos 88 mil pessoas vão ser contempladas pelo traçado diariamente, de um universo de 116 mil pessoas que usam o sistema de transporte público diariamente em Santa Maria.
O sistema rápido de transporte deve funcionar como um metrô de superfície e terá corredor exclusivo
Para agilizar o funcionamento da linha e, consequentemente, a velocidade dos veículos, vai ser instalado um sistema de sinalização informatizado. Com isso, os ônibus vão ter preferência na via. Tudo isso para manter a velocidade média do veículos prevista para 40 km/h. O menor número de paradas no trecho também é outro artifício para agilizar o transporte.
- Vai desafogar o trânsito pois vai diminuir o número de linhas de ônibus e vai trazer mais usuários que utilizam carro particular para o sistema público - justifica Miguel Passini, secretário de Mobilidade Urbana.
Além disso, haverá painéis com as previsões de partida e chegada dos ônibus em todos os terminais.
Essa linha leste-oeste vai ser abastecida por outras linhas secundárias, que vão ligar bairros com uma das 20 estações da rota principal. A licitação para exploração do serviço vai ser feita em conjunto com a licitação do transporte público. Os veículos dessa linha principal, mais modernos do que os convencionais, serão da prefeitura, mas serão explorados por uma empresa terceirizada.
A intenção do governo é entregar o novo sistema de transporte público até 2016.